quarta-feira, 27 de abril de 2011

Línguas moçambicanas em cadeiras adicionais na UEM

Por: Francisco J. P. chuquela

A Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, como forma de contribuir na consolidação da unidade nacional, desenvolve o ensino de principais línguas nacionais de todas regiões do país, sendo que uma língua de uma dada região é ensinada como cadeira adicional aos estudantes doutras Regiões.

Cisena ou língua Sena, a língua mais falada na Região Centro, é incerida como cadeira adicional para estudantes naturais das províncias da Região Norte e da Região Sul. Cisena é falado nas províncias de Zambézia, Sofala, Tete e Manica, por um universo de 876.057 pessoas segundo o Censo Populacional de 1997. Esta língua é também falada no sul de Malawi, nas zonas Nsanje e Chiromo.

Emakua ou língua Macua, a mais falada da Região Norte, é incerida como cadeira adicional para estudantes naturais das províncias da Região Centro e da Região Sul. Emakua é falado nas províncias de Nampula, Niassa, Cabo Delgado e Zambézia por cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Xichangana ou língua Changana, a mais falada na Região Sul, é incerida como cadeira adicional para estudantes naturais das províncias da Região Norte e da Região Centro. Xichangana é falado nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e na zona meridional das províncias de Manica e Sofala por cerca de 1.423.327 pessoas de acordo com o Censo Populacional de 1997. É também falada na África do Sul na província de Transvaal. Xichangana tem como variantes xidzonga e xibila.

Com a inserção de cadeiras de ensino dessas línguas, a Faculdade de Letras e Ciências Sociais da UEM procura salvá-las da extinção a que estão sugeitos, uma vez que a língua de Unidade Nacional, a língua oficial portuguesa, é a mais predominante nos lugares públicos (nos hospitais, nas escolas, nos postos de trabalho, etc).

Há nisso também a vantagem de consolidação da unidade nacional por meio da promoção da interacção, entre estudantes de vários pontos do país, com recurso a línguas locais.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

UEM: Preguiça na leitura, uma barreira para estudantes

Por: Francisco J. P. Chuquela

Assiste-se a uma situação de se lamentar na Universidade Eduardo Mondlane, onde maior número de estudantes com condições para adquirir as recomentações bibliográficas, em livro ou em reprodução por fotocópias, disperdiçam o material.

Observando com mais atenção, em termos de argumentação sobre temas propostos pelos professores durante as aulas, um número razoável de estudantes que dependem, exclusivamente de bibliotecas para suas leituras superam os que vão frequentemente às livrarias comprar as recomendações bibliográficas.

A conclusão que se tira da fraca compreensão das matérias, por parte dos etudantes que dispõem do material completo para exercerem a sua ‘profissão de estudante’ é que fazem pouca leitura.

Enquanto que a conclusão aque se chega da forte capacidade de argumentação nos conteúdos colocados pelos professores, por parte dos estudantes com poucas posses para aquisição do material, é que o seu empenho resulta do devido esforço que um estudante precisa para ter sucesso.

A organização do tempo pessoal e a atracção do gosto pela leitura são as recomendações que se podem dar aos estudantes que almejam o sucesso, pois a vida de estudante são pesquisas e investigações, o que não é possível sem leituras regulares.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Medo da matemática, cemitério de reprovações

Por: Francisco J. P. Chuquela

No discurso que proferiu aquando da cerimónia de abertura do ano académico 2011, que decorreu na tarde do passado dia 28 de Março, no Centro Cultural universitário, o Professor Dr. Filipe Couto, Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, sintetizou que o medo da matemática é a razão central de tantas reprovações na instituição de ensino que dirige.

Fora na tentativa de encorajar os novos ingressos à UEM que o Reitor Professor Dr. filipe Couto revelou que os estudantes de Engenharia, Arquitectura, Medicina, Física e Química reprovam por medo da matemática, sublinhando que não falta a capacidade, mas o medo ensombra todas as possibilidades de sucesso.

‘A matemática é o modelo da realidade que vocês experimentaram e experimentam no dia a dia, por isso não há razão para tanto medo’ – disse Couto para mais adiante criticar certas formas de os estudantes desafiarem a matemática. ‘São formulas decorradas sem noção da realidade, poucas investigações, etc. Assim a matemática é o cemitério das reprovações.’

Dr. Couto invocava também, no seu discurso, o uso adequado do tempo, apelando aos estudantes que almejam o sucesso a saberem aproveitar o tempo. ‘O tempo não é relógio, o tempo não é calendário, o tempo são eventos’ – disse para fazer entender que o tempo deve ser acompanhado por acções que apontam para a produtividade.

Fez parte do discurso que a cadeira tão temida, a matemática, é feita de erros. ‘Haja coragem, até para errar porque do erro aprende-se caminhos.’ - Salientou

Central Brazão Mazula, a biblioteca de todos

Por: Francisco J. P. Chuquela

Há cidadãos que sofrem falta de coisas que se encontram ao seu dispor, alguns por ignorância e muitos por falta de informação. O nosso país é, à semelhança de outros, conhecido pela carência de bens didácticos e informativos.

A Biblioteca Central Brazão Mazula, munida de indescritível material académico e profissional, com apetrechamento tecnológico dos últimos tempos, é vista como destinada apenas à comunidade estudantil da Universidade Eduardo Mondlane, quando está para servir todos os académicos, profissionais, simples leitores e/ou até ao cidadão comum.

A errada visão de restrição justifica-se pelo facto de a biblioteca em causa encontrar-se no Campus Universitário e pelo facto de resultar da junção do material de várias bibliotecas que serviam as numerosas faculdades da maior instituição do ensino superior em Moçambique.

Muito ao contrário de como o público leitor entende o funcionamento daquela muito desejada biblioteca, pela potência de responder à demanda da procura por parte de académicos e profissionais, está para servir a todo o cidadão com um funcionamento claro e transparente.

Sistema livre de aquisição de obras

os utentes da Biblioteca Central Brazão Mazula têm facilidades providas pela tecnologia contemporânea para efectuarem as suas consultas e buscas. Está instalado na biblioteca um sistema electrónico de localização das obras solicitadas pelos leitores, sistema em que usa-se o índice de busca. Uma vez digitadas as palavras-chave da obra pretendida, seja o nome do autor ou o título da da obra, o sistema exterioriza o código de localização do livro. O referido código facilita o trabalho do leitor ao se dirigir às estantes, isto é, o leitor guia-se pelo código para o lugar específico onde encontra-se arrumada a obra do seu desejo.

Internet

A Biblioteca central Brazão Mazula está ligada à rede electrónica internacional e uma vez que os computadores não chegam para todos os utentes, esses podem trazer os seus aparelhos e lhes são facultados os códigos de wireless, não secretos, que variam do canto onde cada um quer se sentar para navegar na internet.

Sistema electrónico de segurança

De salientar que a biblioteca protege os seus bens, não só com a equipa de segurança G4S, mas também com um sistema electrónico de alerta instlalado no em todo o espaço bibliotecário. Quando um indivíduo decide extraviar uma obra em livro ou qualquer outro bem da biblioteca o alarme toca antes de o prevaricador atingir a porta de saída. O indivíduo que decide tomar de furto os bens da biblioteca é submisso a trâmites judiciais, uma vez que o roubo é punível nos termos da lei.