Por: Francisco J. P. Chuquela
O desvio de fundos públicos constitui a notícia que, quase diariamente, sacia a imprensa do país. Mas esta parece ser a melhor função do cofre público, pois não se vê o destino que esses fundos poderiam tomar se não fossem desviados pelos funcionários mal pagos uma vez que as despesas do país são cobertas pelas doações do estrangeiro.
Considerável percentagem do orçamento para vários sectores, de educação à saúde, é aplicada pelo G-19 e outros países desenvolvidos que não fazem parte do grupo. Os medicamentos e as campanhas de combate às pandemias, de a malária ao HIV, são, maioritariamente, financiados pelas organizações internacionais.
Já os fundos que diminuiriam a dependência aguda pela esmola externa a que o país se entrega com total orgulho são disputados pelo público que tem acesso às chaves do poupado cofre do Estado.
Só para citar casos recentes, aqueles ainda respirados pelos consumidores da informação dada pela imprensa. Ainda este ano de 2010, indiciados de desvios de fundos do Estado:
- Foram suspensos quatro funcionários do sector de cobrança de receitas na Cidade da Matola. 1.540.000.00MT em causa;
- Foi suspenso o funcionário de Educação em Govuro, Inhambane, Joaquim João Diogo. 140.000.00MT em causa;
- Foram suspensos três dirigentes da Escola Primária Completa de Chimbande, na Cidade de Tete;
- Foram suspensos seis funcionários do sector de educação em Gondola, Manica;
- Foram acusados treze Generais da polícia pelo Ministerio Públio.
Os casos citados aconteceram num espaço bastante reduzido de tempo. Afora essas citaçãoes é preciso lembrar que, Segundo a Agência de Informação de Moçambique, só em 2008, a Procuradoria Geral da República autuou 619 processos por corrupção e desvio de fundos e bens do Estado do país.
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