Por: Francisco J. P. Chuquela
Quanto mais adulterado, deficiente e desprezível, a Educação Superior, em Moçambique, torna-se cada vez mais cara e um investimento impossível aos bolsos de baixa renda.
Exemplo concreto desta alusão é o comportamento da maior e mais antiga instituição do ensino superior no país, a Universidade Eduardo Mondlane, que vive criando barreiras aos moçambicanos de baixa renda que sonham com o nível superior de habilitações literárias.
Depois de agravar as taxas de matrícula e de inscrição por cadeira semestral em 400% no início do ano 2011, a Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, ameaçou, nos finais do mesmo ano, agravar, sem pré-aviso, em aproximadamente 800%, a taxa de renovação da matrícula.
Recorde-se que esses agravamentos estão a ser praticados por uma universidade pública numa altura em que as empresas dos sectores privado e público reclamam a mão-de-obra qualificada porque o ensino em Moçambique é fraco. A política educacional é desprezível e infantil. Chegam ao ensino superior estudantes que usufruíram de passagens automáticas nos níveis anteriores.
Deixando de lado a taxa da matrícula, que passa a custar 600.00MT, e o resto das formas de negócio que lá estão, se a inscrição por cadeira semestral custa 420.00MT, para um exemplo de sete cadeiras e as mensalidades do pós-laboral que chegam a passar 3.000.00MT com o salário mínimo nacional na casa dos 2000.00MT, o ensino superior é para todos?
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