Por: Francisco Joaquim Pedro Chuquela
Uma das estratégias do governo moçambicano no combate à pobreza absoluta foi, directa ou indirectamente, a introdução, nas escolas privadas e públicas, de cursos centrados no empreendedorismo e capacitação para criação de auto-empregos.
Mas na prática esses cursos são frequentados exclusivamente por aqueles que suportam os custos dos referidos cursos cujas mensalidades superam o salário mínimo actual do país, facto que faz com que a criaçãob dessas formações não seja ou não tenha sido oportunidade para a maioria dos jovens.
Várias vezes, dirigentes deste país criticam os jovens, alegando que esses são preguiçosos e carrecem de criatividade e cultura de trabalho. Exemplo concreto dessas críticas foi quando os dirigentes do país tomaram a palávra durante e depois das manifestações de 1 e 2 de Setembro de 2010.
O povo que manifestava em protesto ao custo de vida que tende a subir, cada vez que o sol se levanta, recebeu, dos subordinantes, referências pejorativas como preguçosos, parados, etc.
Não é saudável que num país como o nosso, em vias de desenvolvimento, hajam oportunidades concentradas para um grupo restrito de pessessoas e portas fechedas para outras, particularmente jovens.
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