terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando a educação deixa de ser para todos

Por: Francisco J. P. Chuquela

Já lá se vão afastando os anos em que a educação batia porta aos moçambicanos. Cada ano lectivo que chega procura ser pior que o outro em termos do número dos moçambicanos que, com imensa vontade de estudar, ficam sem vaga para tal intento.

O que se assiste no nosso país é que os dirigentes desta área anunciam, na hora do balanço, mais escolas construidas, mais escolas reabilitadas, mais professores formados, etc, mas quando chega a vez de se fazer uso dessas conquistas esquivam as câmeras e dizem que não há vagas para os moçambicanos estudarem, crianças incluidas.

Recorde-se que Educação foi dos sectores mais prioritários no começo do período pôs-colonial, pois o primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Machel, via nele o futuro do país. O resultado foi excelente, houve uma redução significativa do índice do analfabetismo. Agora os ingressos nas escolas são limitados, limitados até para crianças.

Duas perguntas que provavelmente não podem ganhar respostas directas e claras:

Onde é que são construidas as escolas anunciadas na hora do balanço?
Para onde é que são canalizados os professors formados todos os anos?

Respostas directas e claras para estas perguntas seriam aquelas ditas com exactidão e sem argumentos. Sinceramente não existem nem na boca do titular da pasta de educação.

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