Por: Francisco J. P. Chuquela
“Ganhar a ciência para sermos capazes de mobilizar a natureza a favor do Homem” é apenas um tostão do que fora ditto pelo presidente Samora no âmbito de incentivar a concepção da ciência e tecnologia no país como forma de acelerar a construção do Moçambique pôs-independência.
Hoje a ciência e tecnologia ganha imensurável espaço no país, dando fôlego à globalização que se move a velocidade turbinada. Mas parece haver gente que fecha os olhos a esta tão presente manifestação científica que percorre o país.
Parte considerável de estudantes da maior instituição do ensino superior no país não sabe escrever no computador, facto que leva a corridas imparáveis quando há trabalhos de pesquisas cujos resultados devem ser dactilografados e entregues aos professores.
Nas casas de “internet café” há um valor estipulado que se paga para ocupar um computador durante um determinado tempo calculado em minutos. Além desse valor, a maioria de estudantes paga a mão de obra, isto é, a pessoa que vai manejar o computador em seu lugar. Ridículo, acho.
Os estudantes almejam concluir os seus cursos e conseguir afectação nas áreas de sua formação. Pergunto: qual é a área de trabalho que dispensa o uso do computador?
Falta de vontade de aprender
Para os estudantes que acabam de ingressar neste nível de ensino pode se esperar que se esforcem a assimilar o manejo dessas máquinas. Mas o que é que se diz daqueles que estão na recta final dos seus cursos ainda a olharem para os computadores com estranheza e ignorância?
Para quem se preocupa em aprender, não acho que um mês seja pouco para se aprender pelo menos digitar um documento no computador. Agora, o que se deve dizer de um estudante que leva quatro anos a depender dos outros para passar as suas ideias do manuscrito para dactilografado?
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