quarta-feira, 24 de agosto de 2011

País (pode) regressa(r) do abismo

Por: Francisco J. P. Chuquela

A Ciência, a Tecnologia e a Educação, mas principalmente esta última, são os sectores chaves na concretização dos objectivos de um país em vias de desenvolvimento. Um país que precisa de quadros com visão minimamente suficiente, não só para identificar oportunidades, mas também para explorá-las inteligentemente.

Na tarefa de formar quadros verdadeiramente competentes, este país estava de férias. Há aproximadamente uma década, o sector de Educação não se importa com o desempenho dos alunos para lhes graduar de um nível académico para o outro. Em suma: este sector importa-se com os resultados numéricos e não com a qualidade, empurrando, desta feita, o país para um abismo que seria possível evitar.

Neste país está-se numa situação em que basta mais meia década com o mesmo comportamento para se ver doutores e peritos analfabetos na tomada de decisões e na condução de uma nação que, com dirigentes competentes, é/seria merecedora e promissora de progressos inimagináveis.

Agora, os responsáveis por esta área bastante sensível da vida de um país devem ter colocado a mão na consciência e resolvido buscar formas de corrigir o erro enquanto corrigível, pois é curto o tempo que resta para que o erro seja incorrigível.

Pois sim que a conclusão mais imediata a que se chega em relação a decisão do Ministério de Educação, de parar as passagens automáticas é de que os dirigentes deste país só se apercebem do erro aproximadamente dez anos depois de comete-lo.

Mas vejamos que a abolição de passagens automáticas é, ainda, apenas uma decisão. Quem nos garante que isso irá à prática? Quantas decisões foram tomadas e não foram colocadas em prática neste país? O caso da cesta básica de que o governo engravidou e abortou muito prematuramente é uma recordação exemplar de nos emprestar a insegurança no concernente a eliminação das assassinas passagens automáticas.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estudantes (não) sabem escrever no computador?

Por: Francisco J. P. Chuquela

“Ganhar a ciência para sermos capazes de mobilizar a natureza a favor do Homem” é apenas um tostão do que fora ditto pelo presidente Samora no âmbito de incentivar a concepção da ciência e tecnologia no país como forma de acelerar a construção do Moçambique pôs-independência.

Hoje a ciência e tecnologia ganha imensurável espaço no país, dando fôlego à globalização que se move a velocidade turbinada. Mas parece haver gente que fecha os olhos a esta tão presente manifestação científica que percorre o país.

Parte considerável de estudantes da maior instituição do ensino superior no país não sabe escrever no computador, facto que leva a corridas imparáveis quando há trabalhos de pesquisas cujos resultados devem ser dactilografados e entregues aos professores.

Nas casas de “internet café” há um valor estipulado que se paga para ocupar um computador durante um determinado tempo calculado em minutos. Além desse valor, a maioria de estudantes paga a mão de obra, isto é, a pessoa que vai manejar o computador em seu lugar. Ridículo, acho.

Os estudantes almejam concluir os seus cursos e conseguir afectação nas áreas de sua formação. Pergunto: qual é a área de trabalho que dispensa o uso do computador?

Falta de vontade de aprender
Para os estudantes que acabam de ingressar neste nível de ensino pode se esperar que se esforcem a assimilar o manejo dessas máquinas. Mas o que é que se diz daqueles que estão na recta final dos seus cursos ainda a olharem para os computadores com estranheza e ignorância?

Para quem se preocupa em aprender, não acho que um mês seja pouco para se aprender pelo menos digitar um documento no computador. Agora, o que se deve dizer de um estudante que leva quatro anos a depender dos outros para passar as suas ideias do manuscrito para dactilografado?

O mísero subsídio do idoso

Por: Absalão Zacarias Langa/Estudanre-UEM

Após vários ensaios no que concerne ao subsídio do idoso, o governo fixou em apenas 380 meticais como subsídio à pessoa da terceira idade, um subsídio que ainda está longe de satisfazer as necessidades dos idosos é de louvar a decisão do governo em ter aumentado o subsídio, mas de salientar que não é suficiente com a dinâmica da vida actual.

Estamos numa altura em que a economia do mercado é que dita as regras, o idoso não estará em condições de satisfazer as suas necessidades básicas alimentares, apesar de a alimentação já estar inclusa naquilo que podemos chamar de subsídio alimentar para o idoso, há necessidade de sustentar o idoso apesar da sua idade avançada, o que fará com que haja menos idosos nas ruas, pedindo esmola para o seu sustento, visto que a medida tomada não irá abranger a todos idosos.

Numa altura em que se aproxima o dia do idoso urge a necessidade de se pensar em programas sustentáveis e a criação de mais lares para idosos que são escorraçados do amparo das sua famílias e, os deixando à sua sorte.

O idoso de hoje, outra foi jovem que por vários motivos não conseguiu projectar o seu futuro ontem, dai encontramos muitos deles nas ruas, outros por causa da guerra e outros motivos.

É imperioso que se comece a pensar no idoso do amanhã, não deixando a cargo de quem por si só não tenha forças para correr atrás dos seus direitos, se descriminamos os idosos de hoje, amanhã acontecerá o mesmo com o jovem de hoje.

O subsídio dado pelo governo não chegará para nada, o idoso está a ser descriminado e, lhe tiramos o seu papel na sociedade igualando-lhe a um objecto inútil.

O idoso, por sua vez, tem um papel bastante importante na preservação da cultura e dos valores morais da sociedade, tendo em conta que muitos idosos são chefes de famílias ou responsáveis pela educação dos seus netos, tendo este contacto como um cordão umbilical alimentando a sociedade para que não se perca os valores e o legado cultural.

domingo, 21 de agosto de 2011

Direitos iguais entre homens e mulheres

Por: Castro Silvano Davane/Estudante-UEM

A dita igualdade dos direitos entre hmens e mulheres é, sem dúvida, uma autêntica fantochada. Falo do que se passa no meu país onde o que se vive é uma imparcial hegemonia do género feminino. É sim, uma supremacia em detrimento do sexo oposto.

Pergunto a mim mesmo: será que os criadores dessas leis vivem neste canto do mundo? Será que eles veem que essas leis estão a ser violadas? Respondo-me em forma de palpate onde chego a pensar que os professores dessas leis estariam, nalgum momento, estariam a compará-la com a dita e vulgar emancipação da mulher.

Recordo-me, com tristeza, duma história contada por um amigo meu, agente de ordem e tranquilidade pública, vulgo “cinzentinho”. Contava-me com alegria e com lábios quase rasgados de risos que na esquadra onde operava naquela noite apareceu uma jovem chorando, alegando que fora vítima de agressão física. Face a essa situação, a polícia agiu imediata e turbinadamente de modo a se achar o aggressor que era supostamente seu namorado e que logo em seguida fosse penalizado pelo acto bárbaro que cometera.

Eis o que me assusta quando se fala de direitos iguais entre os dois sexos: na mesma noite, naquela esquadra da polícia, apareceu um senhor com a cara bem inchada, gemendo de dores causadas pelas pancadarias da sua própria esposa e lá meteu a queixa. Como resposta, ouviu gargalhadas bem sintonizadas dos agentes que lá se faziam presentes, incluindo as do meu amigo.

Igualdade ou supremacia?

A vós, professores das leis moçambicanas.

Trabalhadores da empresa Omega segurança em greve

Por: Absalão Zacarias Langa/Estudante - UEM

Os trabalhadores da empresa ómega segurança estão de greve devido aos atrasos de pagamentos dos seus ordenados, estes que esperavam poder alegrar as suas famílias com uma refeição diferente, foram obrigados a chegar em suas casas com os bolsos rotos sem nenhum tostão como se tivessem sido vítimas de uma visita do amigo do alheio que, na calada da noite “ busca o seu sustento através dos esforços dos outros”.

Os trabalhadores passaram a tarde toda na base da empresa situada no bairro da malhangalene procurando por uma resposta satisfatória e, em gesto de resposta esta empresa, como de costume chamou a polícia para dispersar os seus funcionários que clamavam por uma resposta aos seus esforços empregue em meses de trabalho árduo.

Já tornou-se ”normal” infelizmente ver aqueles trabalhadores a jorrarem lágrimas de gritos de socorros pela inspecção do trabalho que por vezes só vai arrecadar algumas migalhas cedidas pelos do patronato.

Que mal fizeram aqueles trabalhadores que perderam noites e noites em troca de um salário básico para dar uma vida digna as suas famílias, se bem pode-se chamar de vida digna ao sofrimento passado por aqueles jovens, pais de famílias. Que tipo de pecado terão cometidos para tamanho castigo? Ninguém merece tamanho sofrimento.

Que tipo de pai é a direcção desta empresa que privilegia a uns filhos em detrimento de seus lucros não estarem comprometidos e outros não? Atém quando é que esta empresa ira honrar com os seus compromissos?

Até quando e que ainda seremos explorados em nossa própria casa? O que é que o sindicato já vez para solucionar o problema? Um problema com raízes bem grandes e fortificadas nas empresas de segurança, um mês sem salário, ou uma semana em salário implica igual número de noites ou dias passados com o estômago vazio. E este mesmo segurança de estômago vazio deve proteger a outras famílias para garantir o sustento de casa.

As rotinas de greves trimestrais cessarão no dia em que alguém com competências resolva de vez este vírus que assola as empresas de seguranças do pais em particular a ómega segurança, uma vez os trabalhadores não conhecendo as leis que lhes protegem e quem fale por eles, continuarão violentos como forma de pressionar o patronato a cumprir com as suas obrigações.